quarta-feira, 11 de novembro de 2015

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"Se eu acreditasse em destino teria a certeza de que tudo foi programado pelo cosmos, ou simplesmente peça força resultante dos teus olhos preguiçosos, que combinado ao teu sorriso tímido são melhores que a paz que eu sinto ao ouvir um blues.
Se eu acreditasse mesmo no acaso, seguraria forte a tua mão e reclamaria das vezes que, mesmo ao teu lado, eu me senti mais distante que um país.
Se eu confiasse no meu mapa astral, poderia afirmar que no final de tudo tu borraria tuas cores no meu dia cinza.
Se eu fosse renegada de sentimentos, depositaria a minha fé em qualquer oração desacreditada, pediria para acordar todos os dias ao teu lado, porque teu abraço demorado me deu mais energia que os milhares de cafés consumidos.
Se tu me perguntasse sobre desatinos e recordações eu diria que lembro de ti de vidas passadas, da vida presente, sabe-se lá por quantas ainda!
Mas eu não quis acreditar em quase nada, nem nos versos e reversos que a vida me trouxe, nem na interferência de Júpiter sobre o signo de Leão, nem em sua combinação com o de Aquário.
Acreditei apenas nas ações, acreditei na dúbia realidade, na alegria de um sonho que se torna possível apesar de...além disso, nada.
Agora, o que nos resta o silêncio dos sentimentos."


Texto original da amiga Gleika de Lima e adaptado por mim tempos atrás!

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